terça-feira, 17 de junho de 2014

A importância das Parteiras

No início de junho de 2014, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) fez uma importante declaração, reivindicando dos gestores responsáveis pela Saúde de seus países o reconhecimento ao papel-chave das parteiras para reduzir a mortalidade durante o parto.
O pronunciamento foi feito com base em dados concretos – e preocupantes: só em 2013, cerca de 289 mil mulheres e 2,9 milhões de bebês morreram durante o procedimento.
Já em 2011, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um estudo pioneiro sobre a mortalidade durante o parto, que se concentrou em 58 países.
Um novo relatório, que foi apresentado em Praga, durante o “30º Congresso Trienal da Confederação Internacional de Parteiras (ICM)”, analisou 73 países de baix
o ou médio desenvolvimento.
O Brasil é apontado como um dos cinco países da América Latina com altos índices dessa mortalidade, acompanhado pelo México, Bolívia, Guatemala e Haiti.
Nos 73 países analisados, apenas 42% contam com equipes formadas por enfermeiras, doutores e parteiras.
Esses dados refletem um grande desafio: de todos os “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, definidos pela ONU em 2000, os que estão mais distantes de serem alcançados relacionam-se à mortandade infantil e à saúde das mães.
Para a UNFPA, viabilizar e melhorar os serviços de parteiras ajudaria a reduzir em dois terços a mortandade de mães e bebês.
No entanto, a profissão ainda sofre preconceito, não só aqui no Brasil, mas em boa parte do mundo, não sendo considerada legítima nem autônoma. As parteiras não contam com uma especialização própria, por falta de cursos especializados, e 90% delas acabam cursando enfermagem.
Mas, em muitas nações, são impedidas de realizar procedimentos para salvar vidas durante o parto ou receitar antibióticos e anticonvulsivos.
Alguns países, no entanto, reconhecem a importância das parteiras. É o caso da Etiópia, que se impôs o objetivo de, até 2015, capacitar oito mil novas profissionais, meta que já foi alcançada.

FONTE: http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/a-importAancia-das-parteiras/

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